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Investimentos que não são tributados pelo IR
A boa notícia é que existem, sim, algumas opções isentas do imposto. Mas é sempre importante entender quando essas opções valem a pena.
Falar em investimentos é também falar em procura. Buscar as melhores oportunidades que caibam no bolso, no perfil e nas expectativas é o grande desafio de qualquer investidor. E a escolha mais vantajosa vai depender de detalhes. Além de liquidez e taxas de administração, por exemplo, é interessante conhecer quais investimentos são isentos de Imposto de Renda (IR).
É claro que ver o dinheiro investido render sem se preocupar com as ‘mordidas’ do leão é o sonho de qualquer um. Afinal, dependendo do caso, a cobrança do IR compromete consideravelmente a rentabilidade. Mas a boa notícia é que existem, sim, algumas opções isentas do imposto. Mas é sempre importante entender quando essas opções valem a pena.
Entendendo o contexto
Antes de saber qual investimento cobra ou não o IR, é importante entender que a rentabilidade mais atrativa de um ativo não está ligada somente a este imposto. Há investimentos que não são isentos, mas são lucrativos. Por isso, contar com ajuda profissional nessa análise vale a pena.
Outro ponto é que o Imposto de Renda incide apenas sobre a rentabilidade e não sobre o valor aplicado. E, neste caso, o tempo que seu dinheiro fica rendendo pode ajudar, já que a cobrança do IR passa a ser regressiva com o passar dos meses. Veja:
- Até 180 dias: 22,5%
- De 181 a 360 dias: 20%
- De 361 a 720 dias: 17,5%
- Mais de 720 dias: 15%
Xô, Leão!
Agora, se você busca um investimento sem Imposto de Renda há opções para perfis variados. Aqui, apresentamos algumas:
LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) – Os dois são investimentos de renda fixa. A LCI é emitida por bancos para conseguir recursos do mercado e, assim, oferecer capital para o setor imobiliário.
É como se você emprestasse ao banco que usa esse dinheiro para emprestar aos clientes. Em troca, a instituição devolve o seu dinheiro com juros.
A LCA funciona da mesma maneira, só que é voltada ao setor do agronegócio.
CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) – Para pessoas físicas, assim como LCI e LCA, o CRA é isento de IR e IOF. No entanto, as empresas não têm essa isenção no Imposto de Renda.O CRA é emitido por securitizadoras, ou seja, instituições que convertem dívidas em títulos lastreáveis. Mas, atenção, esse investimento não conta com o suporte do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Então é importante ficar de olho na saúde financeira da empresa antes de aplicar.
Similar ao CRA, o CRI geralmente tem investimento inicial menor. Mas as duas opções têm liquidez baixa. Dessa forma, é preciso se programar para deixar o dinheiro render por mais tempo.
Debêntures Incentivadas – As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas de capital aberto ou fechado que buscam uma captação de recursos para o seu caixa. Existem as debêntures simples, conversíveis e as incentivadas. E são essas últimas, as incentivadas, que ficam livres do IR.Essa isenção tem motivo: normalmente, são emissões que bancam projetos de infraestrutura de interesse do governo, que dá esse “incentivo” para atrair investidores.
Rendimentos de Dividendos – Aqui, entramos na área da Bolsa de Valores. As empresas com ações na bolsa devem obrigatoriamente distribuir no mínimo 25% do lucro em forma de dividendos. As maiores oferecem bons dividendos como forma de atrair mais investidores. Fundos de investimento imobiliários (FIIs) são outro exemplo de ativo que distribui dividendos.
Planejamento
Agora que você já conhece alguns títulos que são isentos do IR, o ideal é traçar seus objetivos e procurar a melhor opção, tanto em relação ao valor investido, quanto ao tempo de investimento.